Doação de Órgãos: Um Ato de Solidariedade que Salva Vidas

Out 6, 2024 - 08:14
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Doação de Órgãos: Um Ato de Solidariedade que Salva Vidas
Doação de Órgãos: Um Ato de Solidariedade que Salva Vidas

A Campanha Setembro Verde reforçou a importância da conscientização e da necessidade de doar órgãos, mas a quebra dos tabus e a transformação da doação em esperança para milhares de pessoas na fila de espera devem ser atitudes constantes e permanentes na sociedade.

A doação de órgãos é um gesto de amor ao próximo, capaz de salvar vidas e devolver a esperança a quem luta contra doenças graves. Apesar dos avanços no sistema de transplantes, ainda enfrentamos mitos e desinformação que geram resistência em muitas famílias. Por isso, campanhas como o Setembro Verde são fundamentais para aumentar a conscientização e promover a doação de órgãos como uma causa vital.

A coordenadora de enfermagem do CTI Adulto do Hospital Nossa Senhora das Graças, Paula Cristeli Santos, destaca que a doação de órgãos não só melhora a qualidade de vida de muitas pessoas como reduz significativamente as longas filas de espera. Ela lembra que o primeiro passo para quem quer se tornar um doador é informar-se, conversar com a família e registrar o desejo em documentos oficiais.

Ainda hoje, a doação de órgãos enfrenta desafios como o tabu social, crenças erradas e desinformação. Segundo Paula, é comum o receio de falar sobre o tema, principalmente por conta de mitos como o medo da morte ou a desconfiança no processo de doação. “Esses receios acabam dificultando a aceitação das famílias e atrasam o processo de salvar vidas”, afirma.

A legislação brasileira, regida pela Lei nº 9.434/1997, garante um sistema transparente e gratuito para o receptor, garantindo que a doação seja feita de forma segura e com total imparcialidade. “Qualquer pessoa saudável pode ser doadora, desde que passe por avaliações médicas rigorosas”, explica Paula.

A definição da doação pode ser feita ainda com a pessoa em vida, o mais importante é que a família seja comunicada da sua vontade. Órgãos como rins, fígado, pulmões e até tecidos como córneas podem ser aproveitados para salvar ou melhorar a vida de outras pessoas. "Qualquer pessoa pode ser doadora desde que esteja em condições saudáveis e passe por avaliações médicas, com exames e checagens. Além disso, deve haver compatibilidade entre o doador e o receptor", destaca a enfermeira.

Entre os órgãos mais doados, destacam-se os rins e o fígado, ambos com alta demanda. A coordenadora finaliza reforçando a importância de conversarmos com nossos familiares sobre o desejo de sermos doadores. Esse simples ato pode representar uma nova chance para quem precisa.

Checklist para Quem Deseja Ser Doador de Órgãos:

1. Informar-se sobre o processo:

o Pesquise sobre a doação de órgãos, critérios, e como o processo funciona.

o Entenda a diferença entre doação em vida e após a morte.

2. Converse com sua família:

o Comunique sua decisão de ser doador.

o Esclareça suas intenções e tire dúvidas da família para garantir que seu desejo seja respeitado.

3. Registre sua vontade:

o Embora não seja obrigatório, você pode registrar seu desejo em documentos oficiais, como a diretiva antecipada de vontade ou testamento vital.

4. Cuide da sua saúde:

o Manter-se saudável aumenta as chances de ser um doador viável.

o Faça exames regulares e siga as orientações médicas.

5. Entenda a legislação:

o Familiarize-se com a Lei nº 9.434/1997, que regulamenta a doação e o transplante de órgãos no Brasil.

o Saiba que, em caso de morte, a decisão final será da família, mesmo que você tenha manifestado o desejo de doar.

6. Apoie campanhas de conscientização:

o Participe e divulgue campanhas como o Setembro Verde.

o Espalhe informações corretas e combata mitos sobre a doação de órgãos.

7. Conheça as possibilidades de doação em vida:

o Se desejar doar órgãos em vida, informe-se sobre os critérios e compatibilidades necessárias.

8. Atualize seu cadastro (se necessário):

o Em alguns países, existem bancos de dados para doadores. Certifique-se de manter essas informações atualizadas.

9. Compartilhe sua decisão nas redes sociais:

o Declarar publicamente que você é doador pode ajudar a incentivar outras pessoas a tomarem a mesma atitude.

10. Incentive diálogos sobre o tema:

o Ajude a quebrar o tabu e promova discussões sobre a doação de órgãos entre amigos, colegas e familiares.

Essa lista simples pode ajudar a salvar vidas e oferecer esperança a milhares de pessoas que aguardam por um transplante.

“Diga sim à doação de órgãos e ajude a salvar vidas.”

Fonte: Sueli L. Santos.

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Diário Sete Lagoas Editor e Redator do Jornal Diário de Sete Lagoas.